Olhando para o pilar do
desenvolvimento social, por exemplo, observam-se nesta
declaração de reafirmação do compromisso com o
desenvolvimento sustentável, dentre
outras, algumas preocupações com:
• a instância da promoção do diálogo e da cooperação entre os povos e
civilizações do mundo, a despeito de raça,
deficiências, religião, idioma, cultura
e tradição para ampliar a solidariedade
humana;
• a reafirmação do papel vital dos povos indígenas no desenvolvimento
sustentável;
• a garantia de que a valorização da mulher e a igualdade de gênero
estejam
integradas em todas as atividades abrangidas
pela Agenda 21 e pelas Metas de
Desenvolvimento do Milênio e pelo Plano de
Implementação de Joanesburgo;
• a consciência de que, na busca de suas atividades legítimas, o setor
privado –
tanto as grandes empresas quanto as pequenas –
têm o dever de contribuir para a
evolução de comunidades e sociedades
eqüitativas e sustentáveis;
• a garantia de assistência para ampliar oportunidades de emprego
geradoras de
renda, levando em consideração a Declaração de
Princípios e Direitos
Fundamentais no Trabalho da Organização
Mundial do Trabalho (OMT);
• a necessidade de que as corporações do setor privado implementem suas
responsabilidades corporativas em um contexto
regulatório transparente e
estável.
Mas
em que contexto emerge a preocupação das empresas com sustentabilidade?
Algumas das conclusões dos relatórios do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC) ou Intergovernmental
Panel on Climate Change corroboram a importância
da adoção das práticas socialmente
responsáveis por estas organizações (WWF- BRASIL, 2008). O IPCC, vencedor do Prêmio Nobel da Paz
de 2007, foi criado em 1988, a partir da percepção
de que a ação humana poderia estar exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta e que seria necessário
acompanhar esse processo.
No primeiro relatório divulgado em 2 de fevereiro de 2007, os cientistas
concluem,
com 90% de certeza, que a ação humana foi
responsável pelo aumento de temperatura do
planeta nos últimos 50 anos e que os efeitos se estendem a outros aspectos do
clima, como elevação da temperatura dos oceanos, variações
extremas de temperatura e até padrões dos
ventos. Essa mudança climática é causada, sobretudo, pela emissão de gases,
como o dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4), que causam o
efeito estufa. O IPCC estima que, até o fim deste século, a temperatura da
Terra deverá subir entre 1,8ºC e 4ºC, o que aumentaria a intensidade de tufões
e secas. Nesse cenário, um terço das espécies do planeta estaria ameaçado.
Populações estariam mais vulneráveis a doenças e desnutrição.
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