sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sustentabilidade social



           Olhando para o pilar do desenvolvimento social, por exemplo, observam-se nesta
 declaração de reafirmação do compromisso com o desenvolvimento sustentável, dentre
 outras, algumas preocupações com:
   • a instância da promoção do diálogo e da cooperação entre os povos e
 civilizações do mundo, a despeito de raça, deficiências, religião, idioma, cultura
 e tradição para ampliar a solidariedade humana;
  • a reafirmação do papel vital dos povos indígenas no desenvolvimento
 sustentável;
  • a garantia de que a valorização da mulher e a igualdade de gênero estejam
 integradas em todas as atividades abrangidas pela Agenda 21 e pelas Metas de
 Desenvolvimento do Milênio e pelo Plano de Implementação de Joanesburgo;
  • a consciência de que, na busca de suas atividades legítimas, o setor privado –
 tanto as grandes empresas quanto as pequenas – têm o dever de contribuir para a
 evolução de comunidades e sociedades eqüitativas e sustentáveis;
  • a garantia de assistência para ampliar oportunidades de emprego geradoras de
 renda, levando em consideração a Declaração de Princípios e Direitos
 Fundamentais no Trabalho da Organização Mundial do Trabalho (OMT);
  • a necessidade de que as corporações do setor privado implementem suas
 responsabilidades corporativas em um contexto regulatório transparente e
 estável.
     Mas em que contexto emerge a preocupação das empresas com sustentabilidade?
    Algumas das conclusões dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
 Climáticas (IPCC) ou Intergovernmental Panel on Climate Change corroboram a   importância
 da adoção das práticas socialmente responsáveis por estas organizações (WWF- BRASIL,  2008). O IPCC, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007, foi criado em 1988, a partir   da  percepção de que a ação humana poderia estar exercendo uma forte influência sobre o  clima do planeta e que seria necessário acompanhar esse processo.
  No primeiro relatório divulgado em 2 de fevereiro de 2007, os cientistas concluem,
 com 90% de certeza, que a ação humana foi responsável pelo aumento de temperatura  do planeta nos últimos 50 anos e que os efeitos se estendem a outros aspectos do clima,    como  elevação da temperatura dos oceanos, variações extremas de temperatura e até padrões  dos ventos. Essa mudança climática é causada, sobretudo, pela emissão de gases, como o dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4), que causam o efeito estufa. O IPCC estima que, até o fim deste século, a temperatura da Terra deverá subir entre 1,8ºC e 4ºC, o que aumentaria a intensidade de tufões e secas. Nesse cenário, um terço das espécies do planeta estaria ameaçado. Populações estariam mais vulneráveis a doenças e desnutrição.

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